"Refleti muito sobre as aventuras da selva, e fiz, com lápis de cor, o meu primeiro desenho. O meu desenho número 1. Ele era assim:
"Mostrei minha obra prima às pessoas grandes e perguntei se o meu desenho lhes dava medo. Responderam-me: "Porque é que um chapéu daria medo?"
"Meu desenho não representava um chapéu. Representava uma jibóia digerindo um elefante. Desenhei então o interior da jibóia, a fim de que as pessoas grandes pudessem entender melhor. Elas têm sempre necessidade de explicações detalhadas. Meu desenho número 2 era assim:
"Meu desenho não representava um chapéu. Representava uma jibóia digerindo um elefante. Desenhei então o interior da jibóia, a fim de que as pessoas grandes pudessem entender melhor. Elas têm sempre necessidade de explicações detalhadas. Meu desenho número 2 era assim:
"As pessoas grandes aconselharam-me a deixar de lado os desenhos de jibóias abertas ou fechadas e a dedicar-me de preferência à geografia, à história, à matemática, à gramática. Foi assim que abandonei, aos seis anos, uma promissora carreira de pintor. Fora desencorajado pelo insucesso do meu desenho número 1 e do meu desenho número 2. As pessoas grandes não compreendem nada sozinhas, e é cansativo, para as crianças, estar a toda hora explicando.
"Tive então que escolher outra profissão e aprendi a pilotar aviões."
"Tive então que escolher outra profissão e aprendi a pilotar aviões."
Saint-Exupéry, Antoine de. O Pequeno Príncipe. Rio de Janeiro, Agir, 2006.
Li ainda hoje, em pouco mais de uma hora, esse livro fantástico. Escrito em 1943, por um francês exilado nos Estados Unidos, hoje o Pequeno Príncipe alcança a marca de tradução para 80 línguas diferentes. "Como compreender que uma história aparentemente tão ingênua seja comovente para tantas pessoas?"
Qualquer um que se acha finalmente um adulto deveria tirar um tempo para reler O Pequeno Príncipe. Na verdade, cada pessoa deveria ler pelo menos uma vez no ano, quiçá no mês. Ele "devolve a cada um o mistério da infância. De repente retornam os sonhos."
Não deixem o lado adulto falar alto. Sejam sempre crianças. O mundo está cheio de maravilhas e simplicidade para todos. E até um livro de criança, como dizem que esse é, é capaz de mostrar que o segredo da vida está mais embaixo do que se imagina.
Qualquer um que se acha finalmente um adulto deveria tirar um tempo para reler O Pequeno Príncipe. Na verdade, cada pessoa deveria ler pelo menos uma vez no ano, quiçá no mês. Ele "devolve a cada um o mistério da infância. De repente retornam os sonhos."
Não deixem o lado adulto falar alto. Sejam sempre crianças. O mundo está cheio de maravilhas e simplicidade para todos. E até um livro de criança, como dizem que esse é, é capaz de mostrar que o segredo da vida está mais embaixo do que se imagina.
3 comentários:
O Pequeno é foda! Tinha que ser leitura obrigatória para todo indivíduo pelo menos uma vez por mês! !!
\o/
caraca... eu li várias vezes na vida. é um livro diferente quando vc tem 7, 12, 18 ou 23 anos... acho que se eu chegar aos 60 vou me maravilhar de novo lendo esse livro. mto bom. mt bom.
cada vez que eu leio, desde pequenininha, o livro se mostra diferente.
E o livro de cabeceira das miss, tudo bem!
Leitura obrigatória para quem está cheio de ser criança e quer ser adulto ou pra quem está cehio de ser adulto e quer ser criança!
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