quarta-feira, 21 de outubro de 2009

é pau, é pedra,
é o fim do caminho?


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segunda-feira, 27 de abril de 2009

A liberdade de opinião e expressão

Por que então de modo geral preponderam entre os homens opiniões racionais e uma conduta racional? Se realmente há essa preponderância – a qual forçosamente deve existir, a menos que as questões humanas estejam, e sempre tenham estado, num estado quase desesperador –, devemo-la a uma qualidade do espírito humano (fonte de tudo quanto é respeitável no homem, seja como ser moral ou intelectual), a saber: de que seus erros podem ser corrigidos. O homem é capaz de retificar seus erros pela discussão e experiência. Não apenas pela experiência. É necessário que haja discussão para mostrar como se deve interpretar a experiência. [...] Até mesmo na canonização de um santo, a mais intolerante das igrejas, a Igreja Católica Romana, admite e ouve pacientemente um “advogado do diabo”. Ao que parece, não se podem admitir honras póstumas até aos mais santos dos homens antes de se conhecer e ponderar tudo o que o diabo puder dizer contra eles.

John Stuart MILL. A liberdade; Utilitarismo; tradução de Eunice Ostrensky. Martins Fontes: São Paulo, 2000. p. 33-35.

terça-feira, 10 de março de 2009

Escola para desasnar menino!


"A incompreensão manifestada por mais de um estrangeiro em face de algumas peculiaridades de nosso maquinismo político provém, sem dúvida, da incompatibilidade fundamental que, apesar de muitas aparências em contrário, subsistia entre esses sistemas e os que regiam outros países mais fundamente marcados pela Revolução Industrial, em particular os países anglo-saxões. A um desses estrangeiros, pelo menos, não escaparam os motivos reais da divergência. 'No Brasil', escrevia em 1885 o naturalista norte-americano Hebert Smith, 'vigora quase universal a idéia de que é desonroso para uma pessoa abandonar seu partido; os que fazem são estigmatizados como traidores.' E acrescentava: 'Ora, esse espírito de fidelidade é bom em si , porém mal na aplicação; um homem não age bem quando deserta de um parente, de um amigo, de uma causa nobre; mas não age necessariamente mal quando se retira de um partido político: às vezes o mal está em apegar-se a ele'."

Holanda, Sergio Buarque de. Raizes do Brasil, São Paulo: Companhia das letras. 1995. p. 79-80.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Ainda não!

Não é a hora de deixar morrer o blog. Apesar de viver pensando no que escrever aqui, a falta de compromisso que tive com o blog foi fora do comum! Falta de compromisso com o blog e com as leituras. Fiz apenas um quinto das leituras que pretendia nas férias. E isso me deixou triste. Triste por não ter o que postar, por não ter conseguido cumprir um cronograma leve de leituras e triste por perder horas e mais horas com a internet, visitando blogs de humor, conversando com amigos distantes ou simplesmente jogando poquer online. Feio né Sr. Tchesco... Mas assim foram as férias!

Amanha começa o ano letivo na Universidade Federal do Espírito Santo e apesar de ter me licenciado em História ainda falta o Bacharelado. Munido de uma falta de modéstia sensacional resolvi mudar o titulo do blog. Não é mais "Estudantes de História compartilhando leituras". Agora é " Historiadores compartilhando leituras". Não quero entrar no debate masturbastico de quem é historiador quem não é... Interessante é que mudou e pronto!Além dessa firula toda pensei em mudar um pouco o objetivo do blog. Mas quero deixar claro que os outros membros do blog podem continuar a postar da forma que quiserem. Eu postarei todo tipo de leitura que fizer, como por exemplo, uma letra de musica ou uma poesia perdida ou ainda um provérbio árabe ou mesmo uma reportagem polêmica.

Mais tarde farei uma nova postagem! Espero que os outros membros voltem a postar! Um abraço a todos os amigos e leitores!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

O blog morreu.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

É tudo culpa do Vitor!


Tudo culpa do Vitor... era para o blog ter sumido junto ao mundo virtual... mas... ! Li para disciplina Historiografia recente o seguinte fragmento...

"Tal visão da história, revolucionária, banalizou a violência. A ação total, a revolução, tornou-se cotidiana, permanente e... inquietante, pois sempre oferece mais violência do que a liberdade prometida. Esse projeto moderno propunha a produção acelerada de eventos, que se acreditava controlar, pois supunha-se que o seu sentido global era conhecido antecipadamente. O Iluminismo levou uma a revolução permanente do vivido, à subordinação do passado-presente a uma teleologia. Os termos novos que conduzem a implantação do futuro no presente são: progresso, emancipação, inovação, crise, evolução, revolução. O "espaço da experiência" - o presente que contém o passado - é abreviado e interrompido para que o horizonte de espera seja então e já espaço da experiência. O presente perde a possibilidade de ser vivido como presente e escapa para dentro do futuro. A revolução era vista como um evento inocente, pois sua violência seria legítima, moral, contra a violência pura do Estado e da religião. Koselleck, cujo pensamento estamos seguindo aqui, é um crítico radical da crítica iluminista. Para ele, ela é hipócrita! Ela opôe a razão moral à razão política, mas toda crítica moral esconde interesses políticos. Resultado dessa dissimulação: o terror, a soberania indiscutível da utopia, a desconsideração e diluição da experiência."

REIS, José Carlos. História e teoria. Rio de Janeiro: FGV, 2002. p 70.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008


Quanto a mim, continuo otimista; quando Sir Lewis Namier aconselha-me a fugir de programas e ideais e o professor Oakeshott me diz que não estamos caminhando para a frente e que tudo o que importa é fazer com que ninguém agite o barco, e o professor Popper quer manter na estrada, à custa de pequenos consertos, aquele velho e querido "Ford-de-bigode", e o professor Trevor-Roper põe no devido lugar os radicais que vociferam e o professor Morison defende uma história feita com um saudável espírito conservador, estarei atento a um mundo em tumulto e a um mundo prestes a dar a luz e responderei com as velhas palavras de um grande cientista: "E, no entanto, ele se move".

CARR, E. H. Que é história? Conferências proferidas na Universidade de Cambridge, janeiro-março 1961. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982. p. 130.