segunda-feira, 12 de maio de 2008

Os olhos do deserto


O deserto é o começo da vida. Tudo começa nessas rochas. Meus ancestrais vieram dessas rochas. O que importa é a sensação de estar livre da História . Do lado de fora. Acima ou abaixo. O perdão dos meus erros.
Uma hora de solidão. Torno a subir e avisto o pequeno convento. Porto seguro. Nele coincidem a figura da mãe e do mar ... Surge o convento no meio do nada, e uma porta minúscula, aberta, a dar-me as boas-vindas; e me ponho de joelhos, pois que não onde se entra senão de joelhos ao convento de Moisés, o Abissínio, de onde se descortina o abismo, além de uma planura, que vai morrer aos pés das montanhas longíquas.
Meu irmão, o deserto


kullu dunia fi jaibatik [ o mundo todo sai do seu bolso! ]
O café Naufara



LUCCHESI, Marco. Os olhos do deserto. Rio de Janeiro: Record. 2000



Férias. Feira do livro. Livro a quilo? besteira, só tem livros comerciais! Procura, procura. Raridades. Entre eles, esse livro. Bem, gostei. São contos sobre uma terra e uma cultura que não conhecemos, ou vemos bem pouco: os berberes, o deserto, a lingua, a religião, os costumes. Um livro de contos. Um livro com reflexões dos grandes do deserto. Uma opinião de um autor brasileiro, mas que tem essa cultura arraigada em suas veias. Vale a pena conferir.

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Um comentário:

Francesco disse...

Carol lê coisas altamente bizarras ;)