quarta-feira, 14 de maio de 2008

Os italianos no Brasil, desde a abertura dos portos determinada por D. João VI, deveriam se adequar a uma sociedade consolidada, rigidamente estruturada e profundamente marcada, também, após a Abolição (ocorrida em 1888), pelo sistema da escravidão. Uma sociedade que, no decorrer do século XIX, viu o nascimento e a consolidação de potentes elites regionais, depositárias de uma cultura forte, aristocrática e luso-brasileira, da qual os humildes imigrantes provenientes da península italiana não tiveram nenhuma chance de fazer parte. Tal marginalização, não apenas social, mas também cultural, foi uma das razões da conservação, até época mais recente, dos traços culturais de origem, às vezes recriados ou reinventados no decorrer do tempo.

1808-1960. Página 28. Em: De San Marino ao Espírito Santo, 2004., Chiara. A emigração da península italiana para o Brasil, fotografia de uma emigração / Vitória: EDUFES, Vangelista

Um comentário:

Batata disse...

Tal livro, foi organizado por Mauro Reginato. Texto lido para a disciplina optativa de Migrações Estrangieras no Espírito Santo, ofertada pelo professor Sebastião Pimental, da UFES.