quinta-feira, 28 de agosto de 2008

É tudo culpa do Vitor!


Tudo culpa do Vitor... era para o blog ter sumido junto ao mundo virtual... mas... ! Li para disciplina Historiografia recente o seguinte fragmento...

"Tal visão da história, revolucionária, banalizou a violência. A ação total, a revolução, tornou-se cotidiana, permanente e... inquietante, pois sempre oferece mais violência do que a liberdade prometida. Esse projeto moderno propunha a produção acelerada de eventos, que se acreditava controlar, pois supunha-se que o seu sentido global era conhecido antecipadamente. O Iluminismo levou uma a revolução permanente do vivido, à subordinação do passado-presente a uma teleologia. Os termos novos que conduzem a implantação do futuro no presente são: progresso, emancipação, inovação, crise, evolução, revolução. O "espaço da experiência" - o presente que contém o passado - é abreviado e interrompido para que o horizonte de espera seja então e já espaço da experiência. O presente perde a possibilidade de ser vivido como presente e escapa para dentro do futuro. A revolução era vista como um evento inocente, pois sua violência seria legítima, moral, contra a violência pura do Estado e da religião. Koselleck, cujo pensamento estamos seguindo aqui, é um crítico radical da crítica iluminista. Para ele, ela é hipócrita! Ela opôe a razão moral à razão política, mas toda crítica moral esconde interesses políticos. Resultado dessa dissimulação: o terror, a soberania indiscutível da utopia, a desconsideração e diluição da experiência."

REIS, José Carlos. História e teoria. Rio de Janeiro: FGV, 2002. p 70.

Um comentário:

Vítor C. disse...

UHAUHAUHUAHUHAUHAU

po... vamo reanimar o blog, povo !!!

então. a posição do reis me lembra um pouco o furet, mas acho que o furet era mais carregado de posições ideológicas.

de qq maneira, excelente post.

e vamo em frente !