Por que então de modo geral preponderam entre os homens opiniões racionais e uma conduta racional? Se realmente há essa preponderância – a qual forçosamente deve existir, a menos que as questões humanas estejam, e sempre tenham estado, num estado quase desesperador –, devemo-la a uma qualidade do espírito humano (fonte de tudo quanto é respeitável no homem, seja como ser moral ou intelectual), a saber: de que seus erros podem ser corrigidos. O homem é capaz de retificar seus erros pela discussão e experiência. Não apenas pela experiência. É necessário que haja discussão para mostrar como se deve interpretar a experiência. [...] Até mesmo na canonização de um santo, a mais intolerante das igrejas, a Igreja Católica Romana, admite e ouve pacientemente um “advogado do diabo”. Ao que parece, não se podem admitir honras póstumas até aos mais santos dos homens antes de se conhecer e ponderar tudo o que o diabo puder dizer contra eles.
John Stuart MILL. A liberdade; Utilitarismo; tradução de Eunice Ostrensky. Martins Fontes: São Paulo, 2000. p. 33-35.
Um comentário:
Olá, Meu nome é Thays Py e trabalho na Agência de Comunicação Núcleo da Idéia.
Gostaria de ter o seu e-mail para que possamos fazer contato para parceria.
Desde já agradeço.
Thays Py
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