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Compartilho com a maior parte dos historiadores de ofício a desconfiança com relação a essa filosofia da história "tenaz e insidiosa" que tende, sob formas diversas, a relegar a explicação histórica à descoberta, ou à aplicação de uma causa única e primeira [...]. Não se deve, no entanto, fazer dessa desconfiança com relação à filosofia da história a justificativa de uma recusa desse gênero de reflexão. [...] O historiador não deve concluir que pode por isso desviar-se de uma reflexão teórica necessária ao trabalho histórico. Quem não vê que os historiadores mais inclinados a se proclamar apenas dos fatos não somente ignoram que um fato histórico resulta de uma montagem e que estabelecê-lo reclama não somente um trabalho técnico mas também um trabalho teórico, mas sobretudo que estão cegos por uma filosofia inconsciente da história freqüentemente sumária e incoerente?
Jacques LE GOFF. Histoire. In:____. Histoire et Mémoire. Paris: Gallimard, 2004. (Folio Histoire). (tradução minha). BC UFES: 930 L516h.
Bom, nossa cara UFES prima pela ausência de pesquisas nos campos de Teoria da História e de Historiografia. Enquanto isso, a UFOP vai organizando os primeiros congressos brasileiros de História da Historiografia. Paciência. Aliás, acho que aqui isso nem é um problema, já que parece prevalecer a opinião de que a reflexão teórica é completamente inútil para o historiador. Não é assim que pensa Jacques Le Goff. No trecho que citei ele não desenvolve muitas idéias - se trata da introdução de um artigo - mas deixa clara sua posição: a reflexão teórica é necessária ao trabalho histórico. Aliás, o grifo em teórica é dele, não meu.
Jacques LE GOFF. Histoire. In:____. Histoire et Mémoire. Paris: Gallimard, 2004. (Folio Histoire). (tradução minha). BC UFES: 930 L516h.
Bom, nossa cara UFES prima pela ausência de pesquisas nos campos de Teoria da História e de Historiografia. Enquanto isso, a UFOP vai organizando os primeiros congressos brasileiros de História da Historiografia. Paciência. Aliás, acho que aqui isso nem é um problema, já que parece prevalecer a opinião de que a reflexão teórica é completamente inútil para o historiador. Não é assim que pensa Jacques Le Goff. No trecho que citei ele não desenvolve muitas idéias - se trata da introdução de um artigo - mas deixa clara sua posição: a reflexão teórica é necessária ao trabalho histórico. Aliás, o grifo em teórica é dele, não meu.
2 comentários:
A boa e velha teoria!!
Pena não termos um campo de estudo sobre ela na UFES.
eu já ouvi dizer que os grandes historiadores não estudam teoria. aí, vai me desculpar, mas jacques le goff não me parece um historiador menor...
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