terça-feira, 15 de abril de 2008

Gilberto Freyre, 1900-1987.

"A força concentrou-se nas mãos dos senhores rurais. Donos das terras. Donos dos homens. Donos das mulheres. Suas casas representam esse imenso poderio feudal. "feias e fortes". Paredes grossas. Alicerces profundos. Óleo de baleia. Refere uma tradição nortista que um senhor de engenhomais ansioso de perpetuidade não se conteve: mandou matar dois escravos e enterrá-los nos alicerces da casa. O suor e às vezes o sangue dos negros foi o óleo que mais do que o de baleia ajudou a dar aos alicerces das casas-grandes sua consistência quase de fortaleza"

Freyre, Gilberto. Casa-grande & senzala: Formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. São Paulo: Global, 2006. p38.
O que mais gosto no Gilberto Freyre é sua sensibilidade. Em muitos momentos do seu livro parece que você vive o que ele escreve.

3 comentários:

Carolline disse...

Quando o Tchesco me falou desse blog eu pensei logo no Gilberto Freyre, principalmente pq eu estou relendo o "Casa-Grande e Senzala". Mas, não sei se felizmente ou infelizmente, o Tchesco já postou aqui este trecho da obra.

Adoro "Casa-Grande e Senzala". Adoro o Gilberto Freyre. Com certeza, em outra oportunidade, eu posto mais um trecho dessa magnífica obra.

Eu sabia que o Tchesco tinha bo gosto...hehe!

Francesco disse...

!!! a há... apesar de ter tido a pior nota naquele fichamento eu tenho bom gosto viu? auhhuahu

Carolline disse...

Gente...até aqui o "pobre coitado" do Tchesco lembra da nota baixa do fichamento de História Antiga dele...huahuahua.